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O QUE TEM PARA FAZER EM LAGUNA? 8 MOTIVOS PARA VOCÊ CURTIR A CIDADE

Na cidade de Anita Garibaldi, confira os principais pontos turísticos para incluir na sua rota em Laguna

É no litoral Sul de Santa Catarina, a 110 quilômetros de Florianópolis, que se encontra o município que reúne tantas belezas naturais quanto marcos históricos e culturais do Estado e do Brasil: estamos falando de Laguna.

A cidade que conta com 20 praias e sete lagoas, lugar onde os botos auxiliam os pescadores a apanhar tainhas e litoral por onde passam as baleias francas para acasalar ou ganhar seus filhotes, é também cidade de Anita Garibaldi, a heroína de dois mundos.

O Centro de Laguna guarda edificações que recontam, por meio de arquivos e objetos, histórias de Anita, como também preserva casarões que são testemunhas da povoação desse lugar – a terceira portuguesa mais antiga do Estado ocupou Laguna como forma de garantir o território a Portugal e não perdê-lo para a Espanha.

Já em 1839, a então pequena vila virou cenário revolucionário. A lagoa Santo Antônio, que hoje é ponto de onde se contempla o pôr do sol em Laguna, foi palco de batalha entre farroupilhas e tropas imperialistas. Por sua vez, o prédio que hoje abriga o Museu Histórico foi de onde Giuseppe Garibaldi proclamou a República Juliana.


Por esses e tantos outros motivos há muito o que fazer e conhecer em Laguna. Saiba mais sobre oito pontos turísticos para você curtir a cidade.

1. CENTRO HISTÓRICO

Centro Histórico de Laguna é formado pelo cais do antigo porto – por onde chegou e partiu navios com passageiros e mercadorias que abasteciam a região entre as décadas de 1930 e 1950, ao lado do Mercado Público, e por um conjunto de 600 imóveis tombados como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Iphan.

Centro Histórico de Laguna – Foto: Elvis Palma Fotografia/Divulgação


Seus casarões e estruturas públicas guardam parte importante da história da cidade e de algumas de suas personalidades. É como se o Centro Histórico fosse um museu a céu aberto.

As construções em estilo luso-brasileiro, aquelas com telhados em dois caimentos, ornamentos no topo da fachada e janelas e portas emolduradas em madeira, nos contam sobre a colonização açoriana de Laguna. É exemplo desse tipo de arquitetura a Casa Anita Garibaldi, imóvel amarelo perto da Igreja Matriz, onde a mulher histórica se arrumou para seu casamento.

Por sua vez, as edificações ecléticas, mais ornamentadas, com grandes e suntuosos jardins e mais espaçadas umas das outras, são testemunho do período de prosperidade e riqueza que Laguna viveu na segunda metade do século 19.

No Centro Histórico de Laguna, uma estátua de Anita Garibaldi homenageia a heroína de dois mundos, que viveu parte de sua história na cidade. O monumento está posicionado em frente ao casarão que foi no passado cadeia e Câmara de Vereadores e de onde David Canabarro e Giuseppe Garibaldi proclamaram, em 1839, a República Juliana. O prédio abriga desde 1956 o Museu Histórico Anita Garibaldi, fechado temporariamente.

Por tudo o que representa para a história de Santa Catarina e do Brasil, o Centro Histórico de Laguna é tombado como patrimônio arqueológico, etnográfico e paisagístico pelo Iphan. E por tudo isso, você precisa conhecê-lo.


2. CASA ANITA GARIBALDI

A casa amarela em estilo luso-brasileiro funciona atualmente como um museu. O espaço, que fica no Centro Histórico de Laguna, conta a saga da vida de Anita Garibaldi. As batalhas das quais participou, o amor por Giuseppe Garibaldi e a família que formaram são retratadas em painéis expositivos.

Casa típica colonial luso-brasileira de 1711 onde estão expostos painéis com a saga de Anita Garibaldi, em Laguna. Foto: Fundação Lagunense de Cultura/Divulgação


Relíquias e objetos que contam a história de Anita também fazem parte do acervo, além de móveis e utensílios de diferentes períodos. O espaço guarda, inclusive, uma urna com a terra da sepultura de Anita, que foi feita na Itália. O mastro do navio “Seival”, a embarcação usada por Giuseppe Garibaldi para tomar Laguna, em 1839, também se encontra no museu.

A edificação, que hoje abriga parte das memórias da mulher histórica, foi usada por Anita em 1835 para se vestir para o seu primeiro casamento. Anita tinha apenas 14 anos de idade quando se uniu ao sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. O casamento durou apenas quatro anos. A união foi celebrada na Igreja Matriz Santo Antônia, numa rua ao lado.


3. IGREJA MATRIZ SANTO ANTÔNIO DOS ANJOS

A importância histórica da Igreja Matriz Santo Antônio vai além da celebração do primeiro casamento de Anita Garibaldi. A construção de uma capela de pau a pique, em 1676, substituída mais tarde pela atual igreja, marcou o início da povoação e organização da vila.



Foto: Prefeitura Municipal de Laguna/Divulgação


Na Igreja Matriz Santo Antônio é possível encontrar no seu interior obras do artista catarinense Victor Meirelles


A primeira capelinha foi erguida a mando do bandeirante vicentista Domingos de Brito Peixoto, o fundador de Laguna. Como era devoto de Santo Antônio, a vila foi batizada de Santo Antônio dos Anjos de Laguna. A atual igreja, na Praça Vidal Ramos, começou a ser construída em 1696 e foi finalizada em 1735, ainda sem as torres. Foi erguida pelas mãos de pessoas escravizadas, em um Brasil ainda escravocrata.

De linhas simples, a igreja abriga quatro altares e atrativos que chamam atenção dos fiéis e turistas. Entre as obras de arte que adornam os altares está o quadro Imaculada Conceição – La Madonna, de 1856, do artista catarinense Victor Meirelles. Outra grande obra é a escultura de Santo Antônio em tamanho real. Com 1,68 metros, a mesma altura de Santo Antônio em vida, a escultura foi talhada em madeira no século 18 na Bahia.


4. MERCADO PÚBLICO DE LAGUNA

O Mercado Público de Laguna é um excelente local para, entre outras coisas, almoçar, fazer um happy hour ou tomar um café. Em sua mais recente reforma, em 2019, o prédio ganhou um deck com vista panorâmica para a Lagoa Santo Antônio dos Anjos. Por isso, é possível saborear os pratos da cidade enquanto aprecia, como muitos fazem, o pôr do sol nas águas da lagoa.

Mercado Público está localizado no Centro Histórico de Laguna – Foto: Alicia Marques/Prefeitura Municipal de Laguna


Localizado também no Centro Histórico de Laguna, o Mercado Público fica ao lado do antigo cais do porto. O local era estratégico para o escoamento de mercadorias por transporte marítimo. A atual edificação foi construída em 1958, em substituição ao primeiro mercado, inaugurado em 1897 e queimado em um incêndio em 1939.

O prédio rosado com seus 90 metros de comprimento e 12 metros que avançam sobre a lagoa é, um grande atrativo turístico de Laguna. Além de refeições, é possível comprar produtos coloniais, souvenires, roupas e demais produtos por lá.


5. FONTE DA CARIOCA

Se estiver andando pelo Centro Histórico de Laguna e tiver sede, vá até a rua José Tonai, onde fica a Fonte da Carioca. A estrutura, que ainda hoje oferece água mineral a moradores e turistas, foi construída há quase 160 anos, em 1863, por mãos escravizadas de um Brasil ainda escravocrata.



Estrutura da Fonte da Carioca foi construída há quase 160 anos – Foto: Alicia Marques/Prefeitura Municipal de Laguna


A água que verte por debaixo da terra e foi canalizada até as oito torneiras da fonte chegou a abastecer prédios públicos em séculos passados. Faz tempo que a Fonte da Carioca, única sobrevivente de outras três que Laguna teve, é ponto turístico da cidade. Famílias lagunenses e visitantes costumavam ir até o local para passear. No trajeto até lá, jovens solteiros trocavam olhares que poderiam terminar, inclusive, em casamento. Por conta disso, a “da Carioca” também ficou conhecida como “Fonte dos Namorados”


6. MORRO DA GLÓRIA

Localizado também no Centro Histórico de Laguna, o Morro da Glória é um ponto turístico natural e uma área de preservação ecológica.


Do alto de seus 128 metros se tem uma das vistas mais bonitas do município. O morro não deixa de ser, no entanto, também histórico.

Morro da Glória fica em área de preservação ecológica – Foto: Prefeitura Municipal de Laguna


No século 18, quando os Molhes da Barra ainda não haviam sido construídos, para amenizar a força das ondas, os navegantes por vezes precisavam esperar em alto-mar até conseguir entrar no canal de Santo Antônio dos Anjos e atracar em Laguna. Nesses casos, os comandantes hasteavam bandeiras em seus barcos para comunicar à capitania o que eles transportavam.


Por sua vez, um soldado subia ao topo do morro, que por isso era conhecido como Morro do Sinal, para informar o navegante como estava a maré. Cada bandeira utilizada tinha um significado. Quando os molhes foram construídos, o “ritual” não tinha mais serventia.


O local passou a ser conhecido como Morro da Glória em 1953, por conta da construção de uma escultura de oito metros de Nossa Senhora da Glória. Além do morro e da vista, a imagem também é atração turística do lugar.


7. FAROL DE SANTA MARTA

É na catarinense Laguna que fica o maior farol das Américas: o Farol de Santa Marta.

O título se deve ao alcance de seu foco de luz, que pode ser visto a 85 quilômetros de distância com a utilização de equipamentos de navegação.


A olho nu, os sinais luminosos do farol chegam a 34 quilômetros.

Farol de Santa Marta em Laguna está aberto para visitações com agendamento de visitas – Foto: Prefeitura Municipal de Laguna


Desde 1891, a estrutura auxilia viajantes que navegam pelo oceano Atlântico.


Como está construído em um morro a 75 metros de altura, além de conhecer o equipamento histórico, o visitante terá uma bela visão do vilarejo no entorno, do mar e da Praia de Santa Marta. O farol fica distante 20 quilômetros do Centro de Laguna. Para chegar até ele é preciso atravessar o canal da Lagoa Santo Antônio e seguir depois pela rodovia SC-100.

Agendamento de visita interna: o farol fica aberto às segundas, quartas, sextas, sábados e domingos a partir das 9h30 para visitas internas.


O agendamento deve ser feito pelo e-mail rfsmlaguna@gmail.com com, no mínimo, dois dias úteis de antecedência da data solicitada. Informe o nome completo e o documento de identidade de todos os visitantes. Caso haja menores de idade, informe a idade e data de nascimento. Aguarde o e-mail de confirmação e as orientações para a visita.


8. TRILHA DA PRAIA DO GRAVATÁ

A Praia do Gravatá é uma das 20 praias de Laguna. Entre os costões de rochas que surgiram há 180 milhões de anos, a praia é um local calmo e preservado.


A atração até ela começa já no percurso, em uma trilha que passa em meio à Mata Atlântica, dunas de areia e plantas nativas, como bromélias.

Praia de Gravatá pode ser acessada por meio de uma trilha – Foto: Prefeitura Municipal de Laguna


Da época de sua construção, o farol conserva alguns detalhes originais, como sua escada interna em formato caracol com 142 degraus. A visita ao interior do farol precisa ser agendada por e-mail. Já a parte externa é aberta à visitação todos os dias durante o dia.


São 20 minutos de caminhada até chegar na enseada de 700 metros de extensão e de uma beleza de tirar o fôlego. Por isso, a praia é mais um dos atrativos dessa cidade privilegiada pela natureza e reconhecida por sua história.


QUANDO IR A LAGUNA?


Para os turistas que buscam curtir as praias, banho de mar e sol na areia, o verão é a estação ideal para visitar Laguna. Já o inverno, entre os meses de junho e julho, é um período excelente para quem quer acompanhar de perto o espetáculo dos botos pescadores. É durante a pesca da tainha que eles mais trabalham cercando cardume para os pescadores.


Por sua vez, as baleias francas costumam ser avistadas em cidades litorâneas de Santa Catarina, entre elas Laguna, para dar à luz e cuidar de seus filhotes. Entre a segunda quinzena de agosto até final de setembro é o período ideal para vê-las próximas de onde as ondas arrebentam.


Agora, para o turista que busca por viagens históricas e culturais, o ano inteiro é próprio para visitar Laguna. Não faltaram edificações, marcos e fatos que marcaram Santa Catarina e o Brasil a se conhecer.


COMO CHEGAR EM LAGUNA?


Laguna está localizada na região Sul de Santa Catarina, distante cerca de 130 quilômetros de Florianópolis.

O município faz divisa com quatro cidades, entre elas Jaguaruna e Tubarão. Laguna não possui aeroporto. O mais próximo fica em Jaguaruna, a cerca de 50 quilômetros.

Para quem for viajar de carro, acompanhe abaixo as distâncias entre diferentes regiões de Santa Catarina a Laguna e as principais vias de acesso.

Distância de Joinville a Laguna: 282 quilômetros. O principal acesso se dá pela BR-101, com pedágio pelo caminho.

Distância de Blumenau a Laguna: 252 quilômetros, via BR-101. Há pedágio pelo caminho.

Distância de Florianópolis a Laguna: aproximadamente 130 quilômetros. O principal acesso se dá pela BR-101, com pedágio pelo percurso.

Distância de Criciúma a Laguna: cerca de 95 quilômetros, via BR-101.

Distância de Lages a Laguna: aproximadamente 240 quilômetros. Os principais acessos são pela SC-114 e SC-390.

Distância de Chapecó a Laguna: cerca de 575 quilômetros. O principal acesso no momento é pela BR-282.


ONDE SE HOSPEDAR EM LAGUNA? Laguna possui cerca de 1.500 leitos disponíveis aos turistas, entre hotéis e pousadas. A maior concentração de hotéis fica na Praia do Mar Grosso. No Centro Histórico do município também há um deles. Já na região do Farol de Santa Marta e Itapirubá Sul há maior concentração de pousadas para abrigar os hóspedes.



Tudo pronto? Então agora é só se desligar do mundo e aproveitar cada minuto desse passeio incrível em meio à natureza.


Não esqueça a disposição e o bom humor!

Desejamos a você uma excelente trilha!

 

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